sábado, 29 de dezembro de 2007

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"não fosse isso
e era menos
não fosse tanto
e era quase"


Paulo Leminski veio aqui em casa noite passada. Me convidou para beber com ele, como negar?

Era Leminski, eu até bebi conhaque, bebi poemas e palavras inacabadas, livros intermináveis. Bebi até alguém se esquecer de mim. No caso, o alguém era eu mesma.

Um irresistível copo de uísque me abordou enquanto eu lia a mente de Drummond. Bebi ouvindo rock, ouvindo Caetano, ouvindo o barulho dos astros.

Conversamos durante horas, um olhando pros olhos do outro, sem nada dizer, dizendo tudo.

Quando o sol despontou no horizonte, ele desceu, entrou num táxi e sumiu.

Um dia ele volta, ah, se volta.

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