"não fosse isso
e era menos
não fosse tanto
e era quase"
Paulo Leminski veio aqui em casa noite passada. Me convidou para beber com ele, como negar?
Era Leminski, eu até bebi conhaque, bebi poemas e palavras inacabadas, livros intermináveis. Bebi até alguém se esquecer de mim. No caso, o alguém era eu mesma.
Um irresistível copo de uísque me abordou enquanto eu lia a mente de Drummond. Bebi ouvindo rock, ouvindo Caetano, ouvindo o barulho dos astros.
Conversamos durante horas, um olhando pros olhos do outro, sem nada dizer, dizendo tudo.
Quando o sol despontou no horizonte, ele desceu, entrou num táxi e sumiu.
Um dia ele volta, ah, se volta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário